Não, fazer uma cirurgia plástica por causa das selfies não é uma tendência



Estudo divulgado por vários órgãos de comunicação indica que os americanos se sentem mais conscientes da sua imagem e por isso recorrem mais a tratamentos e cirurgias plásticas. A Fast Company pergunta: verdade ou mentira?
A Reuters e a Quartz basearam-se num estudo da Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial ( AAFPRS) para publicar uma reportagem que tem causado polémica: "as selfies têm motivado o crescimento da procura de cirurgias plásticas".
Este relatório, publicado em Março, parte da seguinte premissa: "33% dos cirurgiões verificaram um aumento na procura por cirurgia plástica devido ao facto das redes sociais tornarem os pacientes mais conscientes do seu aspeto estético".
Mas serão estes números fortes o suficiente para sustentar uma afirmação tão abrangente? A Fast Company suspeita de que o uso da palavra "selfie" é apenas uma forma de tornar um assunto não tão interessante num assunto do momento, não tivesse "selfie" sido a palavra do ano em dicionários de todo o mundo.
Com o título "Nip, tuck, click: Demand for U.S. plastic surgery rises in selfie era", a Reuters desenhou uma relação direta entre o comportamento cada vez mais generalizado de tirar selfies com o crescimento dos setores da cirurgia plástica e dos cosméticos. Explica que as redes sociais tornaram os utilizadores mais propensos à auto-crítica e portanto a estarem mais conscientes das suas falhas e defeitos, por isso cada vez procurarem a cirurgia plástica para os resolver.