Orientais recorrem à cirurgia para conquistar olhar mais atraente e expressivo

A "Ocidentalização das Pálpebras" é um dos procedimentos mais procurados por jovens orientais.
 
À primeira vista, os olhos dos orientais apresentam grande diferença dos olhos dos ocidentais, porém, essa diferença se dá devido as pálpebras, e não ao olho em si. Essa diferença acarreta em um olhar diferente, mais discreto e com olhos que passam a impressão de estarem mais “fechados” - e nem todos os orientais gostam desse visual. Porém, com o auxílio da tecnologia e da medicina eles podem submeter-se a um procedimento estético e mudar isso. E muitos já o fazem.
 
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, aproximadamente 14 mil pessoas submetem-se a cirurgias de Ocidentalização a cada ano no Brasil, principalmente nos estados de São Paulo e no Paraná, locais em que estão as maiores colônias orientais, o dobro do que acontecia no início dos anos 90.
 
Segundo o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR, o procedimento de ocidentalização minimiza a aparência dos olhos “puxados” ou “rasgados”. O especialista comenta que esse olhar diferente acontece devido à vários fatores: “um deles é o arcabouço ósseo da face que apresenta poucas protuberâncias, fazendo com que o globo ocular fique mais saliente do que nos ocidentais. Além disso, as ‘dobrinhas’ nas pálpebras são um grande diferencial: metade dos orientais não a apresentam, e quando a apresentam, é de forma diferente: nos ocidentais, a altura da dobra é de 10 a 11 milímetros, já nos orientais esta medida é de aproximadamente 5 a 8 milímetros”, explica Pacheco.
 
A cirurgia de ocidentalização visa criar essa ‘dobrinha’. “O procedimento consiste em retirar parte da gordura existente nas pálpebras superiores para eliminar o aspecto inchado, típico dos rostos orientais, e depois é feita uma ‘dobrinha’ em cima dos olhos, deixando-os visivelmente mais parecidos com os olhos ocidentais”, comenta o especialista.
 
Porém, além do aspecto estético, a cirurgia auxilia em outro âmbito: “Pessoas que nascem sem as pregas nos olhos têm maiores chances de desenvolver problemas visuais com o decorrer do tempo, afinal, o excesso de pele vai aumenta a ponto de acarretar dificuldade visual, sendo muitas vezes necessária a intervenção cirúrgica”, ressalta Pacheco.
 
O especialista lembra também que antes de fazer a cirurgia é importante levar em consideração as características próprias da pele oriental, já que ela é mais propensa à formação de queloides. “A cirurgia é simples, apresenta resultados imediatos, tem pouco mais de uma hora de duração e não necessita o internamento do paciente, mas é preciso atenção a esses pequenos detalhes para que o resultado alcançado seja o desejado”, exalta.
Fonte: www.segs.com.br