Se você está pensando em fazer uma cirurgia plástica, é fundamental garantir que o procedimento seja realizado por um médico especializado. Além disso, fique atenta a outros pontos que devem ser avaliados:
1. Busque referências sobre o cirurgião
Além de indicações de suas amigas e de outros médicos, vá atrás de informações sobre a formação do cirurgião. Ter o diploma em uma boa instituição é o começo de tudo. Outra medida importante é saber se o médico é especialista em cirurgia plástica. A legislação brasileira permite que, depois de concluir o curso regular de seis anos, o médico realize qualquer procedimento. Ou seja, um médico que se formou ontem e não tem nenhuma expertise em cirurgia está legalmente habilitado a fazê-la.
Por isso, cheque se o profissional tem registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), única entidade no Brasil que pode certificar médicos na área, atestando que cumpriram dois anos de residência em cirurgia geral e mais três na plástica.
2. A saúde tem que estar em dia
Antes de encarar o bisturi, você precisa passar com boas notas nos exames pedidos pelo médico e manter sob controle as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Fumantes, por exemplo, demandam cuidados. A nicotina prejudica a circulação de sangue nos tecidos, favorecendo a má cicatrização. É preciso deixar de fumar pelo menos três meses antes e dois meses depois da cirurgia.”
3. Redobre a atenção com os remédios
Saber como os medicamentos de uso frequente interferem na cirurgia é fundamental. Aspirina, AAS e alguns anti-inflamatórios, por exemplo, alteram a coagulação do sangue. O cuidado vale também para os fitoterápicos. Alguns como ginkgo biloba, cáscara sagrada e pílulas de alho podem aumentar o sangramento e trazer riscos para a paciente.
Outra substância que entra na lista é a isotretinoína, substância derivada da vitamina A que é muito usada no tratamento da acne e pode mudar a síntese de colágeno na pele e, assim, atrapalhar a cicatrização.
Por fim, há os anticoncepcionais. “O problema das pílulas e da reposição hormonal é o aumento da possibilidade de trombose. Mas calma, nem sempre é preciso suspender o uso porque existem medidas eficazes para prevenir o problema, como o uso de anticoagulantes, meias elásticas e massageadores para as pernas. Por isso, uma conversa sincera com seu médico é fundamental.
4. Pergunte todos os detalhes da operação ao médico
Já que vamos operar, que tal fazer uma transformação completa, certo? Errado! Para manter a paciente desacordada por um longo período, é preciso aumentar a quantidade da substância anestésica – o que, claro, eleva o risco. O tempo de cirurgia também não deve exceder cinco horas de duração.
No caso da lipoaspiração, apesar de ser legalmente permitido tratar até 40% da superfície corporal e tirar até 7% do peso do paciente, quanto maiores a área e a quantidade de gordura extraída, maior o risco de complicações. Há médicos que trabalham com metade desses limites, não ultrapassando 20 e 3,5%, respectivamente. Os dois dias que sucedem a cirurgia são críticos. Por isso, é fundamental ter acesso fácil ao especialista e disponibilidade para voltar ao consultório ou ao hospital se ele recomendar.
6. Respeite o pós-operatório