Médicos explicam quando cirurgia plástica é necessidade ou exagero



Tirar selfie virou mania, e muitos ficam insatisfeitos com o que veem.
Brasil ultrapassou os EUA este ano em número de operações estéticas.

A todo momento, para onde quer que você olhe, tem sempre alguém tirando uma selfie. A palavra inglesa, que significa autorretrato, já se popularizou tanto no Brasil que nem precisa mais de tradução. E a maioria das pessoas faz várias fotos até achar uma que considere boa – ou menos pior.
Este ano, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou líder em número de cirurgias plásticas. A maioria das operações é de lipoaspiração (22.896 em 2013) e colocação de prótese de silicone nas mamas (226.090). Em seguida, vêm redução de mamas (139.835), abdominoplastia (129.601) e blefaroplastia – cirurgia na pálpebra – (116.849), de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps).
Segundo o psiquiatra Daniel Barros, há alguns níveis de insatisfação com a aparência: quando o "problema" com a aparência incomoda, mas de forma tolerável; quando há um distúrbio de imagem corporal, em que o indivíduo é emocionalmente atingido e desenvolve comportamentos para camuflar o defeito (real ou imaginário); e quando há um transtorno dismórfico corporal, uma doença psiquiátrica em que a percepção da pessoa é distorcida a tal ponto que um defeito imaginário passa a dominar totalmente a vida e não melhora com nenhuma intervenção estética.